Saúde

Especialista alerta para os riscos do cyberbullying e orienta famílias sobre como proteger crianças nas redes sociais

O comportamento online pode gerar consequências sérias para a saúde emocional e social dos jovens

12/10/2025 12h00
Especialista alerta para os riscos do cyberbullying e orienta famílias sobre como proteger crianças nas redes sociais

A psicopedagoga Miquele Ribeiro fez um importante alerta sobre os perigos do cyberbullying e o impacto da exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. Ela destacou que o comportamento online pode gerar consequências sérias para a saúde emocional e social dos jovens, especialmente quando não há acompanhamento familiar.

“Quando acontece nas redes sociais, o impacto se torna ainda maior, visto que as pessoas acabam tendo uma visibilidade e uma constância muito grande. A exposição é um perigo para os nossos jovens, crianças e adolescentes”, afirmou Miquele.

Segundo a especialista, mudanças de comportamento são os primeiros sinais de que algo pode estar errado.

“Os pais devem observar comportamentos como isolamento, dificuldade para se comunicar, agressividade ou até pensamentos e falas suicidas. Dentro da escola, os professores percebem queda no desempenho e notas baixas, enquanto em casa os pais podem notar alterações na forma de se vestir, se alimentar ou agir”, explicou.

Miquele ressalta que, diante de uma situação de exposição ou agressão virtual, as famílias devem acolher e não julgar.

“É importante procurar profissionais capacitados, como psicólogos, e também os órgãos competentes. Não se deve discutir com o agressor. O ideal é reunir provas e buscar ajuda emocional e jurídica”, orientou.

Ela também chama atenção para a necessidade de supervisão parental no uso das redes sociais.

“As famílias precisam avaliar quais redes os filhos estão usando, com quem estão conversando e que tipo de conteúdo estão postando. Isso não é invasão, é cuidado. A privacidade deve ser respeitada, mas o acompanhamento é essencial”, disse.

Para Miquele, o excesso de tempo online e a falta de disciplina têm contribuído para o aumento dos casos.

“Antigamente, os pais eram mais rigorosos, acompanhavam de perto, impunham limites. Hoje, as crianças ficam acordadas navegando na internet enquanto os pais dormem. Essa falta de controle tem trazido sérias consequências”, observou.

A especialista defende que a orientação familiar e o diálogo constante são as principais ferramentas de prevenção.

“É fundamental conversar com os filhos sobre o que estão assistindo, o que estão reproduzindo e compartilhar valores como empatia e respeito. As escolas também podem ajudar promovendo rodas de conversa e projetos pedagógicos que estimulem a convivência saudável”, sugeriu.

Miquele reforçou ainda que o cyberbullying é crime e pode gerar punições tanto para adultos quanto para adolescentes.

“Quando um vídeo ou comentário ofensivo ganha repercussão, o impacto emocional é ainda maior. Por isso, é preciso acolher a vítima e conscientizar que aquilo que se fala ou compartilha tem consequências reais”, pontuou.

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