SMT iniciará testes com semáforos inteligentes em Feira de Santana a partir de janeiro
Implantação de semáforos inteligentes terá fase de adaptação de 12 meses
O superintendente municipal de trânsito de Feira de Santana, Ricardo da Cunha Oliveira, explicou as recentes medidas implementadas na cidade, com destaque para a direita livre, que permite aos motoristas realizar conversões à direita sem precisar aguardar o semáforo, desde que respeitando pedestres e regras de segurança.
“Quem assume qualquer pasta pública tem obrigação de se atualizar. A melhor maneira de fazer isso é através da imprensa, das críticas e do monitoramento da população. Nosso objetivo é contribuir para um trânsito melhor, que significa melhor qualidade de vida para todos”, afirmou o superintendente.
A Direita Livre foi regulamentada com base no artigo 44 do Código de Trânsito Brasileiro, que permite aos órgãos de trânsito local criarem faixas específicas para conversão à direita. Ricardo explica que nem todas as vias são elegíveis para a medida: “Uma das condições é que o local tenha fluxo de pedestres baixo. Onde há grande fluxo, não podemos implementar a Direita Livre, justamente para aumentar a segurança de todos”.
O superintendente ressaltou que a atenção deve ser redobrada nas faixas de pedestres: “O carro tem que respeitar o pedestre. Quem está na faixa tem preferência, e os motoristas precisam ter visão periférica e atenção dobrada. A Direita Livre não é para avançar sem cuidado, mas para melhorar a fluidez do trânsito com segurança”.
Ajustes e sinalização
Ricardo da Cunha detalhou também as mudanças nos semáforos da cidade. “Houve modificações pontuais, algumas em fase de teste, mas a partir de janeiro vamos iniciar a implantação de semáforos inteligentes. Esse equipamento precisa de seis meses para instalação física e mais seis meses para ‘aprender’ o fluxo. O serviço público é demorado, mas estamos trabalhando para melhorias efetivas”, explicou.
Sobre a adaptação da população à Direita Livre, o superintendente disse que os primeiros relatos têm sido positivos.
“Até agora só ouvimos elogios. A sinalização foi implementada de forma clara, e, inicialmente, só podemos implantar uma Direita Livre por vez, com viaturas da SMT acompanhando para orientar os motoristas”.
Interação com pedestres e ciclistas
Outro ponto abordado foi a atenção aos pedestres, ciclistas e motociclistas. Ricardo reforçou que todas as novas vias têm faixas específicas para cada tipo de usuário.
“Nas vias mais antigas, há desafios de planejamento, mas em todas as novas implantamos faixas exclusivas. Quanto às motos, faremos estudos técnicos para viabilizar a criação de faixas específicas sem infringir a legislação”.
O superintendente também comentou sobre a interação com motoristas de aplicativos.
“Oferecemos cursos gratuitos para orientá-los, mostrando que a segurança é prioridade. É preciso equilibrar o trabalho com o respeito à vida no trânsito. Engenharia e fiscalização sozinhas não resolvem comportamentos de risco”.
Limites de atuação da SMT
Ricardo destacou que a SMT não interfere em vias de competência federal: “Em vias federais, como a Cidade Nova, não tomamos decisões sem o aval da Polícia Rodoviária Federal. A nossa prioridade é melhorar o trânsito dentro da circunscrição da cidade, sempre com respeito às leis e à população”.
O superintendente reforçou seu compromisso com o diálogo: “Nosso objetivo é esclarecer dúvidas, ouvir a população e melhorar continuamente o trânsito. Estamos à disposição para conversar, orientar e implementar soluções que realmente funcionem”.