Estudantes levam história e resistência negra ao palco da FLIFS
Além de valorizar a história, o grupo buscou enfrentar o racismo ainda presente no dia a dia
A 18ª edição do Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (FLIFS) movimenta a cidade com muita música, apresentações culturais e incentivo à leitura, com a participação de alunos e professores que levaram ao palco um espetáculo inspirado na cultura africana e na história da população negra no Brasil.
“É muito bom participar da FLIFS porque a gente vê muitas crianças com entusiasmo de aprender mais sobre a cultura africana e sobre os conhecimentos”, contou a estudante Ângela. O colega Gabriel também compartilhou suas impressões: “No começo a gente fica nervoso, mas depois a gente se solta no palco. Todo mundo tá aprendendo muito”.
A apresentação dos alunos retratou o processo de escravização dos africanos até a atualidade. “Fizemos roteiro, apresentação, cenário e coreografia em conjunto com os estudantes, num trabalho coletivo para que eles se instrumentalizem e se desenvolvam dentro da sociedade”, explicou a professora Joara, responsável pela preparação.
Além de valorizar a história, o grupo buscou enfrentar o racismo ainda presente no dia a dia. “A gente quis retratar a cultura africana porque vê que na sociedade de hoje em dia ainda existe muito racismo”, disse Ângela.
Segundo a professora a escola tem como proposta uma educação antirracista. “Todos os nossos trabalhos são voltados para fortalecer e divulgar a cultura negra dentro da Rua Nova. Este ano, o bairro foi reconhecido como patrimônio de Feira de Santana e nossa apresentação uniu esses dois temas, com o título Da África à Rua Nova”, destacou.
*Com informações da repórter Isabel Bomfim