Ministro destaca importância do planejamento para transformar propostas em obras em Feira de Santana
Rui Costa parabenizou a comitiva feirense pela iniciativa
No dia em que Feira de Santana comemorou 192 anos de emancipação política, quinta-feira (18), empresários, políticos e representantes de universidades se reuniram em Brasília com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para apresentar projetos estratégicos e discutir novos investimentos para o município.
Rui Costa parabenizou a comitiva feirense pela iniciativa. “Eu recebo essa delegação alegre e feliz e parabenizo, porque isso consolida a ideia de que uma cidade, um estado, um país não pertencem ao seu governante. O governante é passageiro; a cidade pertence às pessoas, à sociedade”, afirmou. “Fico muito contente em ver empresários, políticos de diferentes partidos e professores pensando o futuro de Feira de Santana. É um excelente exemplo a ser seguido por outras grandes cidades.”
O ministro destacou que 2023 e 2024 foram anos de planejamento e que agora é momento de execução.
“Estamos executando duplicações das BR-116 e BR-101, obras de água, esgoto, educação e saúde, como a policlínica, UBS e o centro de referência para pessoas com deficiência. Nosso esforço é concluir e entregar essas obras ao povo de Feira”, detalhou. Ele citou também um projeto que destinará R$ 51 milhões para reurbanização e requalificação de áreas periféricas, com construção de moradias, redes de esgoto e água.
Entre as demandas apresentadas pela comitiva, o transporte público foi um dos pontos centrais. “É preciso pensar um modal sofisticado e moderno para Feira de Santana”, observou o ministro, defendendo que o tema esteja entre as prioridades do município.
Rui Costa reforçou que todas as propostas precisam ser acompanhadas de planejamento e orçamento realista para se tornarem realidade.
“Uma boa ideia é o início, mas não basta. Sem projeto, ela nunca se torna realidade. Precisamos materializar essas ideias em projetos executivos com orçamento que inclua construção e equipamentos. O que faz o dinheiro chegar é o projeto”, explicou.
Como exemplo, citou a proposta de construção de um hospital oncológico. “A necessidade é pertinente, mas o valor previsto não é real. Só o acelerador linear, usado no tratamento do câncer, custa quase R$ 3 milhões. É preciso um bom projeto, com orçamento correto, para buscarmos recursos e viabilizar em 2027.”
O ministro também comentou outras demandas, como a ligação ferroviária entre Feira e Salvador, cujo estudo de viabilidade está em andamento.
“O desafio é que não há número de passageiros suficiente para custear a operação. A viabilidade passa pelo uso compartilhado de passageiros e carga, com ajustes na malha da Ferrovia Centro-Atlântica para passar por Feira de Santana”, explicou.
Sobre a criação de uma universidade federal, Rui Costa reforçou que a prioridade atual do governo é concluir estruturas já existentes.
“O presidente Lula decidiu priorizar a conclusão da infraestrutura das universidades criadas nos governos anteriores, que muitas vezes funcionam precariamente. A expansão para novas universidades ficará para um próximo mandato.”
Ele garantiu, no entanto, que a construção do Hospital Municipal é um projeto de curto prazo. “Esse não é um sonho, é realidade. O prefeito precisa apenas decidir iniciar a obra. Há decisão de apoio do governo federal e do estado.”
O encontro, que integrou as comemorações do aniversário de Feira de Santana, consolidou o diálogo entre o governo federal e representantes da sociedade civil.
*Com informações de Jorge Biancchi, direto de Brasília