Bancários protestam em defesa de plano de saúde e contra demissões
Manifestações fazem parte de um movimento nacional da categoria bancária
Duas manifestações marcaram a manhã desta quarta-feira (17) em Feira de Santana, dentro de um movimento nacional da categoria bancária. O ato começou em frente à agência da Caixa Econômica da Santa Mônica, e seguiu para a unidade do Itaú, na Avenida Getúlio Vargas.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, Eritan de Carvalho, explicou que as reivindicações são distintas em cada local.
“Na Caixa, a manifestação diz respeito ao Saúde Caixa, o plano de saúde dos funcionários que está correndo risco. A proposta da empresa limita o custeio a 6,5%, descumprindo o acordo que previa 70% de custeio pela Caixa e 30% pelos empregados. Isso torna o plano inviável, porque a inflação médica aumenta e muitos colegas, justamente quando mais precisam, não conseguem arcar com a mensalidade”, afirmou.
No Itaú, a mobilização denuncia demissões e fechamento de agências.
“O banco lucrou mais de R$ 40 bilhões no ano passado e, mesmo assim, demitiu mil empregados em todo o país, três deles aqui em Feira. A promessa era realocar os trabalhadores após o fechamento da agência da Maria Quitéria, mas não foi cumprida. Um banco que lucra tanto precisa dar contrapartida aos seus funcionários, não demiti-los”, criticou Eritan.
A exploração de aposentados e clientes também foi alvo de denúncia.
“Há pressão para que aposentados abram conta corrente, deixando de receber benefícios pelo cartão do INSS. Isso prejudica os clientes e adoece os trabalhadores, que se sentem coagidos a cumprir metas abusivas”, acrescentou o sindicalista.
Funcionária da Caixa, Dayane Freitas, relatou como a mudança no custeio do plano de saúde afeta a categoria.
“Trabalhamos sob metas muitas vezes inalcançáveis, o que adoece os colegas. Quando precisamos do Saúde Caixa para cuidar da saúde física e mental, encontramos barreiras. Com o teto de 6,5%, as mensalidades sobem e muitos não conseguem pagar, migrando para outros planos ou ficando sem cobertura. Em pleno Setembro Amarelo, isso agrava o risco de adoecimento”, alertou.
*Com informações do repórter JP Miranda