Secretaria Saúde de Feira de Santana padroniza receitas médicas para garantir mais segurança e acesso a remédios
O novo informativo com as orientações já começou a ser distribuído às unidades de saúde e deve alcançar 100% dos profissionais vinculados ao SUS ainda neste mês.
A Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana anunciou a padronização das prescrições médicas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tanto em unidades públicas quanto em clínicas particulares conveniadas. A medida determina que os medicamentos sejam obrigatoriamente receitados pelo nome genérico, conhecido como Denominação Comum Brasileira (DCB).
De acordo com o secretário de Saúde, Rodrigo Matos, a iniciativa busca dar mais clareza às receitas, evitar erros na dispensação nas farmácias e gerar economia para o município.
“A prescrição pelo nome genérico traz mais segurança para quem depende do SUS. Muitas vezes, os médicos usam abreviações que podem ser mal interpretadas, até gerando erros graves. O objetivo é garantir que o paciente receba o remédio certo, sem frustrações na hora de retirar na farmácia”, destacou.
Segundo ele, a padronização também tem impacto direto nos custos da saúde pública, já que permite a compra em escala e reduz despesas.
“Uma mesma substância pode ter 10, 20 ou até 100 nomes comerciais. Nenhum hospital terá todas as marcas disponíveis. Quando padronizamos, sabemos exatamente o que comprar, o que reduz custos e gera economia que será revertida para a saúde”, explicou.
O secretário ressaltou ainda que a medida também está alinhada à legislação federal, que já determina a prescrição pelo nome genérico.
“Não é apenas uma decisão local. Estamos cumprindo a lei federal e garantindo clareza. Um exemplo: se um médico escreve HCTZ, eu entendo que é hidroclorotiazida, mas outro profissional pode não interpretar da mesma forma. Pior ainda, o atendente da farmácia pode dispensar o medicamento errado, colocando em risco a saúde do paciente”, alertou.
Para garantir a aplicação da medida, a Secretaria já realizou reuniões com médicos de policlínicas, UPAs e responsáveis técnicos das unidades básicas de saúde. A próxima etapa será reunir representantes das clínicas privadas conveniadas ao SUS.
“É importante destacar que essa orientação não se limita à rede municipal. Todos os médicos que atendem pacientes do SUS, inclusive em clínicas particulares conveniadas, precisam cumprir a legislação. Primeiro estamos orientando, mas depois iremos fiscalizar o cumprimento rigoroso dessa norma”, afirmou o secretário.
*Com informações do repórter Rafael Marques