Eduardo Bolsonaro diz trabalhar para que senadores que foram aos EUA não encontrem diálogo
Deputado afirma que parlamentares não encontrarão diálogo e critica postura de condescendência com ações do governo Lula
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que está atuando para impedir que senadores brasileiros encontrem espaço de diálogo nos Estados Unidos em meio à tentativa de negociar a suspensão da sobretaxa de 50% sobre as exportações brasileiras.
A declaração ocorre enquanto uma comitiva de parlamentares está em Washington para se reunir com congressistas democratas e republicanos, na tentativa de barrar a medida anunciada pelo governo do presidente Donald Trump. A nova tarifa está prevista para entrar em vigor em três dias.
“O Trump não está atacando a soberania do Brasil, ele está defendendo a soberania dele, os interesses dos americanos e dando ao Brasil o tratamento de ditadura, que é o que tem sido no país”, disse Eduardo Bolsonaro.
Questionado se há chance de diálogo com os senadores da missão brasileira, ele foi enfático: “Com certeza não, e eu trabalho para que eles não encontrem diálogo.”
Segundo o deputado, os parlamentares em missão nos EUA representam um tipo de atuação política que busca acordos de meio-termo, os quais ele rejeita. “Eu sei o que é certo. Não é dar 17 anos de cadeia para as velhinhas. Eu quero é a liberdade dessas pessoas. E o meio-termo é o quê? Oito anos? Cinco anos?”, declarou, em referência a prisões ocorridas após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“Esses políticos nunca se expõem defendendo a liberdade diante dessas flagrantes injustiças. Ou será que só se movem quando atinge o bolso dos seus financiadores? Eu trabalho por princípios”, concluiu.
Senadores cobram atitude de Lula
Na segunda-feira (28), alguns senadores da comitiva que estão nos EUA, cobraram uma ligação de Lula a Trump para tentar reverter tarifaço contra o Brasil.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou nas redes sociais que Lula deveria buscar contato direto com Trump. “O Brasil não pode ser refém do populismo e da vaidade de quem governa”, disse a parlamentar, que integra o grupo de senadores em Washington.
A mesma linha foi seguida pelo senador Esperidião Amin (Progressistas-SC), que avaliou que uma iniciativa de Lula não traria prejuízo político. “Até uma reação hostil ou de indiferença de Trump à iniciativa de Lula será benéfica para ele. O Lula não tem nada a perder. Só a ganhar”, defendeu.
*Com informações Bahia.ba
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