Especialista dá dicas para quem busca por um carro seminovo
Somente em maio de 2022 o mercado de carros usados registrou 849.634 automóveis e comerciais leves vendidos
O mercado de carros usados registrou 849.634 automóveis e comerciais leves vendidos em maio de 2022, tendo alta expressiva de 25,81% em relação ao mês anterior.
Ainda assim, em relação ao mesmo período de 2021, a queda é de 12,96% e no acumulado do ano, a baixa é de 20,86%, com 3.528.471 unidades. Porém a indústria já demonstra recuperação em relação aos últimos meses.
Contudo, existem alguns fatores a serem considerados para saber se carro usado vale a pena. O programa Cidade em Pauta, da Rádio Nordeste FM, traz toda sexta-feira dicas sobre o mundo automobilístico com o especialista Ricardo Ferreira.
“A indústria automobilística está em um crescimento gradual, no segmento de seminovos temos um fato que tem chamado atenção que é o fato de o consumidor buscar ser cada vez mais racional, analisando vários fatores. Na pandemia houve uma demanda gigantesca de pessoas procurando carros seminovos, porque não queriam enfrentar o transporte público, então fez com que os preços subissem. Agora com a possibilidade de veículos 0 km as coisas começam a normalizar”, explica Ricardo.
Definido o modelo e a motorização, chegou a hora de checar a “ficha criminal” do carro seminovo escolhido, ou melhor, o histórico veicular. É por meio desta análise que o cliente vai saber, por exemplo, se o veículo já passou por algum sinistro ou tem problemas de documentação, multas, etc.
O especialista pontuou que muitos donos costumam ter arquivada as notas fiscais das revisões e eventuais reparos, algo que ajuda a dar credibilidade ao carro seminovo que está sendo vendido.
“Devemos ficar atentos a parte estrutural do veículo, mas temos que ficar atentos também a parte administrativa. Veículos que tem restrições que o impedem de ser transferidos, com causas jurídicas, quando se fala da parte estrutural a vistoria cautelar é importantíssima checando se o veículo tem histórico de furto, roubo, sinistro e mais importante ainda é fazer essa vistoria com uma empresa especializada.”
Ricardo pontuou outra dica na hora de comprar um carro novo: a avaliação propriamente dita. Segundo ele, apesar de os sites hoje em dia contarem com fotos profissionais e muito detalhadas, nada substitui a avaliação “in loco”.
“Com a tecnologia e com a era digital as possibilidades que existiam antes de fazer uma aquisição mais segura, porque tinha apenas um canal que era a concessionária e a revenda, hoje o consumidor está mais ativo nas plataformas de vendas e não tem como saber quem está no outro lado. Atualmente se tem muitas opções no mercado, porque quando o consumidor comprava apenas na concessionária ou na revenda ele ficava totalmente respaldado pela seriedade das empresas. As pesquisas devem estar voltadas ao histórico do veículo e do vendedor, nunca fazer nenhum tipo de pagamento cujo dados bancários sejam divergentes do que está no documento do carro, outro ponto que deve ser observado é sempre puxar o histórico de multas, nunca marcar para fazer essa vistoria em lugares que não são seguros porque não se sabe da intenção da outra pessoa.”