Trump diz que taxa de 50% é para países que “não têm se dado bem” com os EUA
Presidente americano diz que Brasil está entre os alvos e defende tarifa direta para nações “fechadas” a negociações
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (23) que a tarifa de 50% anunciada por seu governo será aplicada a países que, segundo ele, “não têm se dado bem” com os EUA. A declaração foi feita durante um evento sobre inteligência artificial em Washington.
“Então, simplesmente dizemos: vamos pagar 50%. É assim que funciona”, afirmou o republicano ao defender a política tarifária direta, com alíquotas que variam de 15% a 50%.
Trump não mencionou o Brasil nominalmente, mas já havia citado o país como um dos alvos da tarifa máxima em razão de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que considera hostis ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O líder americano explicou que os países com tarifas mais altas são aqueles “fechados” para negociações comerciais com os EUA.
“A abertura de um país é muito importante para nós. Temos vários países que abriram suas portas. Acabamos de fazer algumas transações incríveis”, afirmou Trump. Ele também mencionou negociações em andamento com a China e com a União Europeia, que, segundo ele, poderão levar à redução de tarifas caso haja abertura para empresas americanas.
No caso do Brasil, o governo federal tenta avançar nas negociações para evitar o tarifaço. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as tratativas estão sendo feitas diretamente com secretários do governo norte-americano.
“Estamos fazendo tentativas de contato reiteradas, mas há uma concentração de informações na Casa Branca. Alckmin está tendo contato com secretários. No nosso caso da Fazenda, temos contato com a equipe técnica do Tesouro americano, mas não com o secretário”, disse Haddad na portaria do ministério.
As novas tarifas devem entrar em vigor no dia 1º de agosto.
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