Frifeira mantém ritmo de abates e Cooperfeira aponta recuo pontual no preço da arroba do boi
Segundo levantamento da cooperativa, o volume médio segue entre 380 e 400 bois abatidos por dia, o que representa de 8.000 a 8.500 animais por mês.
Mesmo diante das recentes medidas de taxação sobre a carne bovina brasileira pelos Estados Unidos, o Frifeira — frigorífico da Cooperfeira, localizado em Humildes, distrito de Feira de Santana — mantém seu ritmo de produção inalterado.
Segundo levantamento da cooperativa, o volume médio segue entre 380 e 400 bois abatidos por dia, o que representa de 8.000 a 8.500 animais por mês.
“O volume se mantém estável. Até agora, não houve alteração significativa. Oscilações pontuais em um ou outro dia da semana são normais no nosso processo”, afirma Agenor Campos, diretor da Cooperfeira.
A Cooperfeira também divulgou a nova cotação da arroba do boi com base nos preços praticados no Frifeira.
Na semana passada, a arroba foi vendida em média por R$ 290,00. Esta semana, houve recuo de 3,45%, com o valor caindo para R$ 280,00.
Segundo Agenor, essa variação é considerada natural para o período:
“É comum que haja uma retração nos preços no fim do mês, quando o consumo de carne diminui porque o orçamento das famílias está mais apertado, à espera do próximo salário”, explica.
Agenor também observa que os impactos da nova taxação americana tendem a atingir mais diretamente estados exportadores, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul — este último, o maior exportador de carne bovina do Brasil.
“Como a Bahia não é um estado exportador de carne, é natural que esse impacto negativo chegue de forma mais gradual por aqui. Mas, se os grandes exportadores não conseguirem vender lá fora, podem redirecionar o excedente ao mercado interno — o que pode afetar o equilíbrio de preços”, completa.
Os Estados Unidos respondem por cerca de 14% das exportações da carne bovina brasileira, principalmente de cortes de segunda, usados para a produção de hambúrgueres e alimentos processados.