TransformaÊ fortalece cultura empreendedora nas escolas municipais de Feira de Santana
Projeto estimula inovação entre estudantes e educadores da rede municipal, com foco em competências da BNCC e protagonismo social
A Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana sediou, nesta quarta-feira (16), o evento TransformaÊ: Desafio Liga Jovem e Prêmio Educador Transformador*, uma iniciativa do Sebrae em parceria com o Instituto Ideias de Futuro. A ação mobilizou professores, gestores e representantes de diversas escolas da rede municipal, com o objetivo de fomentar a cultura empreendedora entre estudantes e educadores.
A proposta do TransformaÊ é trabalhar o empreendedorismo como ferramenta pedagógica, desenvolvendo competências como criatividade, inovação, liderança e protagonismo, em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O evento marca a terceira edição do Desafio Liga Jovem, voltado para estudantes do ensino fundamental, e do Prêmio Educador Transformador, que reconhece projetos inovadores idealizados por professores e gestores escolares.
Durante a programação, os participantes puderam conhecer detalhes das etapas das competições. Os vencedores de ambas as categorias terão como prêmio a participação na Bett UK, a maior feira de educação do mundo, realizada anualmente em Londres.
O vice-prefeito e secretário municipal de Educação, Pablo Roberto, destacou a importância do evento. “Para nós é muito gratificante participar de uma ação como essa, que fortalece uma parceria já consolidada com o Sebrae. Nosso foco é melhorar os indicadores educacionais e promover uma educação transformadora, com protagonismo estudantil e inovação. Esse momento reforça tudo o que estamos fazendo em Feira”, afirmou.
Educação como ponte para o futuro
Representando o Sebrae, a gestora de atendimento em Feira de Santana, Elisangela Nunes, falou sobre o papel da instituição como facilitadora de transformações na educação. “O Sebrae é apenas uma ponte, nossos atores aqui são pontos. Vocês realizam junto aos nossos alunos e a nossa crença maior é que realmente a educação é o que transforma. Das oficinas e das apresentações com temas tão importantes, como comunicação não violenta e a própria educação financeira, e falar para esses alunos também sobre projeto de vida, é pensar em um futuro melhor. É pensar nos futuros professores, nos futuros dirigentes, nos futuros prefeitos, vereadores e secretários. Então é essa base que faz de todos os atores da educação verdadeiros anjos, anjos para um futuro melhor. E eu tenho certeza que todos vocês aqui acreditam assim como eu”.
Desde 2022, a parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e o Sebrae tem sido fortalecida por meio do projeto ALI (Agente Local de Inovação para Educação Empreendedora), presente hoje em 36 escolas da rede. Para Raquel Guirra, coordenadora da iniciativa na rede municipal, esse caminho tem provocado mudanças significativas. “A educação empreendedora não é apenas uma metodologia; é um modo de pensar e agir. Ela desperta nos alunos e professores a coragem de transformar, inovar e enfrentar os desafios sociais com protagonismo e criatividade”, explicou.
A professora responsável pelo Departamento de Ensino da Seduc, Adriana Bulos, também ressaltou os benefícios da iniciativa. “Às vezes ouvimos que são muitos projetos, muito trabalho, mas quando pensamos no quanto isso contribui para o amadurecimento e a visão de mundo das nossas crianças, percebemos o valor de cada ação. A educação empreendedora tem um impacto real nas escolas, e agradecemos essa parceria com o Sebrae”, comentou.
Além das competições, diversas ações vêm sendo desenvolvidas ao longo da parceria: formação de professores para práticas empreendedoras, uso de tecnologias digitais, oficinas sobre competências socioemocionais, comunicação não violenta, educação financeira integrada às práticas pedagógicas, feiras escolares e palestras sobre saúde emocional e empreendedorismo rural.
Para José dos Anjos Soares, gestor estadual de Educação Empreendedora do Sebrae, o foco está em formar cidadãos preparados para o século XXI. “Quando falamos de educação empreendedora, não estamos falando apenas de abrir empresas. Estamos formando jovens capazes de resolver problemas, trabalhar em equipe, inovar e transformar realidades – dentro ou fora do mundo empresarial”, concluiu.
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