O tratamento de cisto pilonidal, uma condição que afeta principalmente jovens entre 15 e 25 anos, tem obtido resultados cada vez mais positivos graças à união entre cirurgia especializada e curativos avançados. Em entrevista ao programa De Olho na Cidade, o coloproctologista Dr. Eugênio Ramalho e a estomaterapeuta Dra. Áquilla Chahinne explicaram como essa parceria tem transformado o pós-operatório dos pacientes e acelerado a recuperação.

“É sempre um prazer estar aqui com vocês e poder falar de um tema que ainda é pouco conhecido, mas muito importante, como o cisto pilonidal”, disse Dr. Eugênio. Ele explicou que o cisto, uma espécie de “bolsinha” com pelos, geralmente surge na região do cóccix e pode se apresentar como um furúnculo que não cicatriza. “É mais comum entre os homens jovens, mas também pode afetar mulheres e quando chega até nós, o paciente já passou por uma verdadeira peregrinação em busca de diagnóstico e alívio”, acrescentou.

Segundo o médico, o tratamento é cirúrgico e, após a retirada do cisto, o paciente segue para o acompanhamento com curativos especializados. É nesse ponto que entra o trabalho da enfermeira estomaterapeuta Áquilla Chahinne.

“Essa parceria entre o cirurgião e o profissional especializado em curativos muda completamente a recuperação do paciente”, afirmou Dra. Áquilla. “Conseguimos acelerar a cicatrização e devolver mais rapidamente a qualidade de vida ao paciente.”

Dra. Áquilla conta que iniciou esse tipo de atuação em Sergipe e que, ao chegar a Feira de Santana, encontrou em Dr. Eugênio um parceiro ideal.

“O paciente que tem uma ferida extensa, como a do cisto pilonidal, muitas vezes fica limitado, sem conseguir trabalhar ou realizar atividades básicas. Nosso trabalho é reduzir esse tempo de dependência e sofrimento”, ressaltou.

De acordo com Dr. Eugênio, o tempo de cicatrização que antes chegava a quatro meses foi reduzido para cerca de 60 dias com o uso dos curativos avançados aplicados por Dra. Áquilla.

“Eu faço a cirurgia em 30 minutos, e o paciente já segue para o acompanhamento com ela. Meus resultados melhoraram muito com esse suporte”, garantiu.

Dra. Áquilla detalhou que o processo envolve o uso de tecnologias como laserterapia, curativos com ação antimicrobiana e materiais que permanecem por mais tempo na ferida, diminuindo a dor e o número de trocas.

“Já tratamos pacientes que estavam há dois anos tentando cicatrizar uma ferida sem sucesso. Com a abordagem correta, conseguimos reverter esse quadro”, destacou.

A proximidade da ferida com a região anal também aumenta os riscos de infecção, o que reforça a importância do acompanhamento profissional.

“Se não houver cuidado adequado, o paciente pode até precisar de uma nova cirurgia ou internação. Por isso, o curativo bem feito é tão essencial quanto o procedimento cirúrgico”, alertou a especialista.

A parceria também se estende a casos de estomias, como bolsas de colostomia, quando o paciente precisa se adaptar a uma nova rotina. Dra. Áquilla contou a história de um paciente que, mesmo com colostomia definitiva, conseguiu manter uma vida profissional e social ativa graças ao acompanhamento especializado.

“Trabalhar com profissionais comprometidos como Dr. Eugênio é muito gratificante. A gente troca informações, acompanha cada evolução do paciente e atua em conjunto para que tudo dê certo”, reforçou.

Os profissionais destacaram a importância da comunicação entre médico e enfermeiro no processo de recuperação.

“Esse trabalho é em equipe. O sucesso é de todos os envolvidos”, concluiu Dr. Eugênio.

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