Empresa contratada para duplicar Contorno Norte já está mobilizada, diz DNIT
Trabalhos contemplam duplicação, marginais e passarelas; DNIT segue responsável por manutenção até nova concessão
A duplicação do Contorno Norte, em Feira de Santana, tem sido alvo de críticas e insatisfação por parte de motoristas e moradores que passam diariamente pela região do viaduto do Portal do Sertão. Apesar de ser uma intervenção planejada para melhorar o tráfego a longo prazo, os efeitos imediatos têm sido negativos: congestionamentos constantes, atrasos e uma série de reclamações da população.
A situação é ainda mais crítica para quem chega à cidade vindo de Salvador ou da Região Metropolitana, já que o Portal do Sertão é um dos principais acessos à cidade. O fluxo se intensifica logo na BR-324, dificultando a vida de quem depende da rodovia para trabalhar, estudar ou cumprir compromissos médicos e familiares.
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Roberto Alcântara, explicou a situação e detalhou o andamento das obras.
“O Anel de Contorno, nesse segmento aqui do Portal do Sertão até o viaduto que dá acesso a Serrinha, na BR-324, já passou por um serviço de recuperação através do contrato de manutenção que substituiu a ViaBahia. Nós já recuperamos todo aquele trecho”, afirmou.
O superintendente informou que uma nova fase da obra já foi autorizada.
“Temos um outro contrato que o ministro Renan e o governador Jerônimo assinaram aqui em Feira. A ordem de início já foi dada, a empresa contratada está se mobilizando com pessoal, equipamentos e insumos. Nos próximos dias, começa efetivamente a duplicação, com vias marginais, viadutos, passarelas e iluminação. É uma obra bastante significativa”, garantiu.
Sobre os transtornos causados atualmente no Portal do Sertão, Roberto reconheceu a dificuldade e explicou os limites de atuação do DNIT enquanto não houver nova concessão da BR-324 e da BR-116.
“O que nós podemos fazer por enquanto é a manutenção: tapa-buraco, nova capa asfáltica, roçada, sinalização, limpeza dos dispositivos de drenagem. Obras maiores, como construção de pontes, viadutos e duplicações mais amplas, devem ser realizadas na próxima concessão. Inclusive, as audiências públicas já ocorreram em Feira, Salvador e Vitória da Conquista”, explicou.
Segundo ele, o DNIT deve permanecer responsável pelas rodovias por mais sete a oito meses, até a realização do novo leilão.
“Para obras estruturantes como um novo viaduto no Portal do Sertão, é necessário elaborar projeto, contratar empresa, licitar obra. Isso leva tempo. Por isso, é provável que essas ações fiquem com a nova concessionária”, completou.
*Com informações do repórter Matheus Gabriel