Secretário de saúde faz balanço do primeiro semestre na pasta
Ele reconheceu os inúmeros desafios herdados, mas fez questão de destacar os avanços obtidos no período.
O secretário municipal de Saúde de Feira de Santana, Rodrigo Matos, fez um amplo balanço sobre os primeiros seis meses à frente da pasta. Ele reconheceu os inúmeros desafios herdados, mas fez questão de destacar os avanços obtidos no período.
“Nunca disse que estávamos no paraíso. A saúde pública em Feira, como em muitas cidades brasileiras, tem desafios imensos. Mas desde o início da nossa gestão, sempre deixamos claro que tínhamos coragem, vontade de trabalhar e, principalmente, capacidade técnica. Não só do secretário, mas de toda uma equipe engajada que acredita na transformação da saúde como ferramenta de justiça social”, afirmou.
Rodrigo Matos lembrou que, no início da gestão, em fevereiro de 2025, a secretaria enfrentava um problema grave com salários atrasados de profissionais da saúde. Segundo ele, muitos servidores estavam há três meses sem receber, o que gerava instabilidade nos serviços prestados e desmotivação entre os trabalhadores.
“Essa situação não era nova. Estávamos lidando com um problema acumulado há 4 ou 5 anos. Muitos diziam que nunca mais se resolveria, mas com planejamento e priorização, conseguimos normalizar os pagamentos. Sabemos que saúde pública sem valorização dos profissionais é insustentável.”
Além disso, ele destacou o esforço concentrado feito no primeiro semestre para zerar filas de exames e consultas represadas, uma das principais promessas do prefeito José Ronaldo na campanha.
“Não fizemos isso apenas para cumprir promessa. Zerar as filas foi necessário para dar um respiro ao sistema e podermos planejar 2025 com base em dados reais. Agora temos um panorama mais claro do que é demandado diariamente e podemos estruturar um sistema mais eficiente.”
O secretário mencionou ainda os investimentos feitos na reestruturação das unidades de saúde, com atenção especial aos distritos. Um dos principais exemplos é a retomada das obras de uma nova UPA em Jaíba, prevista para ser entregue entre o final de 2025 e o início de 2026.
“Feira de Santana não é só a sede. Temos uma zona rural expressiva, que também precisa de acesso rápido a serviços de urgência. A nova UPA em Jaíba vai suprir uma demanda antiga da população daquela região. Também estamos investindo em melhorias estruturais na UPA da Mangabeira, que precisava de atenção urgente”, pontuou.
Ele citou ainda a importância dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que passaram por reorganização e têm papel fundamental no atendimento de saúde mental, especialmente em casos de ansiedade e depressão.
Outro avanço destacado por Rodrigo Matos foi a reativação do serviço de recolhimento de animais de grande porte, que estava parado há anos. Segundo ele, a medida tem impacto direto na segurança da população, especialmente no trânsito.
“Muitas vezes um cavalo solto na pista causa um acidente grave ou até fatal. Estamos recolhendo cerca de 40 animais por mês, o que representa potencial de evitar dezenas de acidentes. Além disso, estamos organizando o cadastro dos proprietários desses animais e fortalecendo a fiscalização, porque o problema não é só da Prefeitura, é coletivo.”
O secretário também comentou os desafios relacionados ao financiamento do SUS. Ele destacou que, apesar de a Constituição exigir que os municípios invistam 15% da receita corrente líquida em saúde, Feira de Santana investe mais que o dobro.
“Só a Policlínica do Tomba e a da Rua Nova são mantidas 100% com recursos próprios. O Hospital da Mulher, que atende não só Feira, mas toda a região, é sustentado em 90% pelo município. É um esforço gigantesco. Mas, mesmo diante desse cenário, estamos conseguindo fazer mais.”
O secretário reforçou que a gestão tem sido pautada pela responsabilidade com os recursos públicos, sem abandonar as metas de governo.
“A gente sonha grande, mas com os pés no chão. É preciso compatibilizar sonhos com realidade orçamentária. Não dá para fazer tudo ao mesmo tempo, mas estamos avançando dentro do possível.”
Rodrigo Matos reiterou o compromisso da gestão em seguir avançando, com prioridade nas ações de prevenção, ampliação da rede e cuidado com a população mais vulnerável.
“A avaliação que faço desse primeiro semestre é muito positiva. Conseguimos organizar a casa, retomar serviços essenciais, ouvir a população e planejar com base em dados. Sabemos que ainda há muito o que fazer, mas estamos no caminho certo. E vamos continuar ouvindo, corrigindo e melhorando.”