Procura por fogos de artifício cresce no período junino e movimenta comércio em Feira de Santana
A tradição dos fogos segue viva e se reinventa com o tempo, ganhando novas cores, efeitos e ocasiões para celebrar.
Com a chegada dos festejos juninos, a movimentação em casas especializadas na venda de fogos de artifício tem aumentado significativamente em toda a Bahia. Impulsionada pela tradição popular, essa demanda aquece o setor, principalmente em cidades do interior. Em Feira de Santana, comerciantes do ramo já consideram o momento bastante positivo.
Segundo a empresária Mara Rúbia, proprietária da tradicional Casa de Fogos Aladim, que há anos atua no mercado, além do aumento nas vendas durante o período junino, o uso de fogos tem se estendido ao longo do ano, ampliando o perfil de consumo.
“A procura maior realmente é no período junino. Embora tenha crescido muito em outros períodos do ano. Hoje, pessoas usam em festa de igreja, aniversários, casamentos e até em eventos políticos. Isso não acontecia há alguns anos. Hoje em dia, o ano todo se vende fogos”, explica.
Ela destaca que, apesar da variedade de produtos e efeitos disponíveis atualmente, o foco do mercado ainda está nos fogos infantis, principalmente durante o São João. No entanto, há consumidores que buscam produtos maiores para eventos em áreas abertas, como fazendas.
“No período junino, o mais comercializado são os fogos infantis, isso não há dúvida. Mas tem pessoas que vão pra fazenda e já compram girandola, foguete de cor ou algum produto específico pra show. Esses são vendidos em menor quantidade, mas também têm saída”, pontua.
Outro ponto destacado pela empresária é a orientação ao consumidor. Segundo Mara, há uma preocupação em instruir os vendedores para que repassem informações importantes ao público, principalmente porque muitos não leem as embalagens.
“A maioria das pessoas não observa a embalagem, não faz essa leitura. Aqui nós orientamos todos os nossos vendedores a explicarem como usar o produto com segurança. O critério de venda também considera a idade da criança e a validade dos fogos”, ressalta.
Mara Rúbia ainda observa uma mudança no perfil dos compradores ao longo dos anos. Se antes pais buscavam fogos para os filhos, hoje muitos desses filhos já não se interessam mais pelo costume.
“O mercado, na realidade, é feito mais por pessoas de idade mais madura. Às vezes o pai que comprava para o filho agora vem e diz que ele cresceu e não quer mais. Mudou muito. Hoje em dia é difícil ver jovem comprando fogos”, conclui.
*Com informações do repórter Matheus Gabriel