Comidas típicas com equilíbrio: Nutróloga dá dicas para o São João
Com dicas simples e substituições inteligentes, ela mostra que é possível curtir o melhor da tradição sem abrir mão da saúde.
As festas juninas chegaram com força, trazendo o sabor irresistível das comidas típicas e também um desafio para quem deseja manter o equilíbrio na alimentação. Para ajudar nesse período de tentações, a nutróloga Dra. Aline Jardim compartilhou orientações práticas e acessíveis sobre como aproveitar o São João sem sair da linha.
“As comidas típicas estão todas aí prontas para nós consumirmos, e é aí que mora o perigo. São alimentos deliciosos, mas extremamente calóricos. Se não soubermos combiná-los, podem elevar muito o índice glicêmico, aumentar o açúcar no sangue e levar ao ganho de peso”, alertou.
Dra. Aline destacou que, apesar de serem alimentos naturais, produtos como milho, amendoim, canjica e pamonha têm alto índice glicêmico, especialmente quando consumidos isoladamente.
“O milho, por exemplo, é riquíssimo em carboidrato. Se comido sozinho, ele provoca um pico de glicose e insulina, o que contribui diretamente para o acúmulo de gordura e pode afetar especialmente diabéticos e pessoas com obesidade”, explicou.
O amendoim, outro protagonista das festas, também deve ser consumido com cautela. “Tem uma gordura boa, mas é calórico e viciante. É como coceira: começou, não para mais”, brincou a médica.
Segundo a nutróloga, é possível, sim, comer de tudo, mas com equilíbrio. A dica de ouro? Comer proteína antes da festa.
“Se você consumir uma fonte de proteína como ovos, frango ou até uma dose de Whey protein antes de sair, vai chegar com menos fome, o que ajuda a evitar picos de insulina e escolhas impulsivas. Isso é importante tanto para quem quer manter o peso quanto para diabéticos e pessoas com doenças metabólicas”, sugeriu.
Ela também recomendou montar um prato pequeno, com porções controladas.
“Você não precisa se privar, mas precisa lembrar que não é a última festa do mundo. O segredo está no equilíbrio”, reforçou.
Apesar de valorizar a tradição, Dra. Aline apresentou alternativas para quem deseja reduzir o impacto das comidas típicas na saúde:
- Canjica com Whey: “Adicionando uma dose de proteína em pó sem sabor, o alimento continua gostoso e fica mais equilibrado nutricionalmente.”
- Uso de adoçantes naturais: como xilitol ou estévia em pó, no lugar do açúcar.
- Leite de coco no lugar do leite tradicional: ideal para quem tem intolerância à lactose ou à caseína.
- Bolo de aipim sem glúten: uma excelente alternativa para quem tem restrição ao glúten, trocando o leite comum por leite de coco e adoçando com alternativas saudáveis.
Sobre as bebidas, a especialista foi direta: “O licor é saboroso, é típico, mas carrega dois fatores críticos: o álcool, que desacelera o metabolismo por até três dias, e o açúcar, especialmente quando leva leite condensado. Se for beber, que sejam uma ou duas tacinhas. Nada de exagero”.
Para quem acabar se empolgando nas festas, Dra. Aline recomenda estratégias de recuperação como:
- Hidratação intensa
- Jejum intermitente leve
- Redução dos carboidratos nos dias seguintes
- Apostar em uma dieta cetogênica, que ela mesma disponibilizará com valor acessível em suas redes sociais.
“O excesso de açúcar gera inflamação no corpo, cansaço, fadiga e queda na energia. Para retomar o ritmo, precisamos estimular a produção de mitocôndrias, que são nossas fontes de energia”, detalhou.
Por atuar no Hospital da Plástica, Dra. Aline lembrou que alimentação saudável também impacta a recuperação de cirurgias estéticas.
“O excesso de açúcar e carboidrato pode prejudicar o pós-operatório. Por isso, orientamos todas as pacientes a manterem um plano alimentar controlado, focado em saúde e cicatrização”, finalizou
Dra. Aline Jardim atende no Instituto da Plástica Feira, ao lado do Dr. Marcus Marcel, com equipe multidisciplinar nas áreas de nutrologia, fisioterapia, estética íntima e cirurgia plástica. Ela também compartilha dicas e orientações em seu Instagram: @dralinejardim e no perfil institucional @institutodaplasticafeira.