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Trump pressiona por rendição do Irã e ameaça líder supremo: “É um alvo fácil”

Ex-presidente dos EUA diz que aiatolá está “a salvo, por enquanto”, e cobra rendição incondicional; conflito com Israel já soma centenas de mortos

17/06/2025 16h13
Trump pressiona por rendição do Irã e ameaça líder supremo: “É um alvo fácil”
Foto: Official White House/Shealah Craighead

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escalou sua retórica agressiva e assumiu o protagonismo político na guerra entre Israel e Irã. Em mensagens publicadas na rede Truth Social, ele afirmou que a teocracia iraniana “se rendeu incondicionalmente” e declarou que o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país, “é um alvo fácil”, embora tenha dito que os EUA “não vão matá-lo — ao menos não por enquanto”.

A ameaça direta ocorre após Trump ter recomendado que os moradores de Teerã evacuassem a capital iraniana e reforçado que sua meta não é um cessar-fogo, mas o “fim da guerra”. “Nossa paciência está acabando”, escreveu, completando com um ultimato em letras maiúsculas: “RENDIÇÃO INCONDICIONAL”.

Trump voltou às pressas da reunião do G7 no Canadá para Washington e autorizou o envio de mais forças militares ao Oriente Médio, incluindo um novo grupo de porta-aviões. Segundo ele, o Irã perdeu a chance de evitar o conflito ao rejeitar negociações para encerrar o programa nuclear. “Deveriam ter aceitado o acordo enquanto ele estava na mesa”, afirmou.

Combates se intensificam 

Israel realizou novos bombardeios em Teerã e no oeste do Irã, destruindo um grande depósito de combustíveis e matando ao menos 24 pessoas. O exército israelense também confirmou a morte de Ali Shadmani, um dos principais generais ligados a Khamenei. O governo de Netanyahu sinalizou que não descarta mirar diretamente o líder supremo.

Do lado iraniano, os lançamentos de mísseis diminuíram, indicando possível escassez de armamentos. Mesmo assim, o regime afirma ter atingido instalações do serviço secreto israelense (Mossad). Segundo analistas, o Irã já teria perdido ou usado quase metade dos 2.000 mísseis balísticos estimados antes da guerra.

O conflito teve início com um ataque israelense a instalações nucleares iranianas, no dia 13, em resposta à crescente tensão alimentada desde o ataque do Hamas a Israel, em outubro de 2023. Agora, o foco se volta para a pressão norte-americana sobre a liderança iraniana, em um cenário cada vez mais imprevisível.

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