Gleisi Hoffmann elogia Hugo Motta em meio ao embate sobre o reajuste do IOF
Ministra das Relações Institucionais defende responsabilidade do presidente da Câmara na condução de pautas do Legislativo, mesmo durante a crise do imposto
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, elogiou nesta segunda-feira (16) o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), em meio aos atritos entre Legislativo e Executivo sobre as medidas para compensar o recuo no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
No último sábado (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com ministros e com Hugo Motta no Palácio do Alvorada, após o líder da Câmara anunciar a pauta de urgência para o projeto que derruba o decreto de reajuste do IOF.
Diante do desconforto manifestado pelo Legislativo em relação às medidas de ajuste fiscal do governo, Gleisi Hoffmann defendeu a postura de Hugo Motta, destacando a “responsabilidade” demonstrada pelo parlamentar na condução dos trabalhos.
Ela afirmou nas redes sociais: “O relacionamento do presidente Hugo Motta com o governo do presidente Lula tem se caracterizado por responsabilidade e firmeza nos encaminhamentos acordados em comum. No comando da Câmara, trouxe previsibilidade na pauta legislativa, sempre fruto do colégio de líderes, que expressa manifestações dos parlamentares”. Em complemento, a ministra ressaltou que “tratamos às claras dos interesses do país, o que tem sido fundamental para a tramitação das propostas do governo no Legislativo”.
A aproximação entre a ministra e o presidente da Câmara se intensificou, evidenciada pela ligação de Motta na semana passada para cobrar a liberação de emendas parlamentares. Gleisi ressaltou que as alterações na destinação dos recursos ocasionaram atrasos nos pagamentos, mas destacou que o orçamento foi aprovado em abril deste ano, não em dezembro.
Paralelamente, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) proposto pelo líder da oposição, Zucco (PL-RS), que prevê a suspensão do aumento do IOF apresentado no decreto do governo, está na pauta da sessão do plenário da Câmara nesta segunda-feira.
A primeira versão do decreto, publicada em maio, previa que o Ministério da Fazenda arrecadasse R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Após intensos debates, o governo apresentou uma nova proposta que revoga o aumento da taxa em operações de crédito do tipo “risco sacado”. Outra medida do decreto estipula uma taxação de 5% sobre aportes de seguros de vida do tipo VGBL com cobertura por sobrevivência superiores a R$ 300 mil ainda em 2025, e para 2026, sobre valores que ultrapassem R$ 600 mil por pessoa física.
*Com informações Bahia.ba