Escola Rubem Alves realiza 10ª Feira do Empreendedor Mirim com foco em cultura, sustentabilidade e solidariedade
O evento é mais do que uma feira: é o ápice de um projeto pedagógico que une educação financeira, cultura, sustentabilidade e solidariedade.
Com o tema “Brasil, cada canto um encanto”, a Escola Rubem Alves promoveu neste sábado (07), no Espaço Imperial Eventos, a 10ª edição da Feira do Empreendedor Mirim (FEM). O evento, que mobilizou aprendizes do Grupo 1 ao 5º ano, é mais do que uma feira: é o ápice de um projeto pedagógico que une educação financeira, cultura, sustentabilidade e solidariedade.
Em entrevista ao Portal De Olho na Cidade, a diretora da escola, professora Angeleide Franco, destacou a importância da iniciativa.
“É um espaço de muito prazer e de uma riqueza que não tem tamanho. A gente engloba nessa feira vários projetos da escola: educação financeira, empreendedorismo, cultura e meio ambiente. Desde pequenos, nossos alunos aprendem a planejar a vida através de sonhos e vivências na escola.”
Neste ano, os alunos apresentaram e comercializaram produtos feitos com materiais recicláveis, como brinquedos, jogos pedagógicos, porta-lápis e objetos artesanais.
“Eles reaproveitam materiais descartados e criam novos produtos, como pé de lata, pião e dominó. Além disso, trabalham especiarias típicas de cada região do Brasil, explorando a diversidade cultural do nosso país”, explica a diretora.
A FEM nasceu de uma parceria com o SEBRAE, por meio do projeto JEP (Jovens Empreendedores Primeiros Passos).
“Surgiu da nossa inquietação sobre a importância de ensinar crianças a lidar com o dinheiro, a se verem como potência para transformar sua realidade. Fizemos formação com o SEBRAE e desde então não paramos mais. Trabalhamos o tema durante todo o ano e a feira é o momento de culminância desse projeto”, afirma Angeleide.
Os estudantes são protagonistas em todas as etapas: fabricam os produtos, organizam as barracas, precificam os itens e fazem a venda.
“Eles se envolvem do início ao fim: dividem os turnos, avaliam custos, precificam o trabalho e ainda sobem ao palco para apresentar o projeto e convidar o público. É uma ação completa, que envolve também as famílias e toda a comunidade escolar”, detalha a diretora.
Além do aprendizado prático, a feira também tem um objetivo social. Todo o valor arrecadado será revertido para a compra de brinquedos que serão doados em outubro a crianças em situação de vulnerabilidade.
“Ano passado arrecadamos R$ 806 e conseguimos doar dois caminhões de brinquedos. Este ano, queremos repetir o gesto, ajudando uma creche ou instituição que atenda crianças carentes”, conta.
A ação solidária se estende ainda a outras entidades. “Já ajudamos também projetos de proteção animal. Queremos que nossas crianças enxerguem além dos muros da escola, que aprendam a transformar a realidade com pequenas atitudes”, conclui Angeleide Franco.
Quem também compartilhou sua experiência foi a pequena empreendedora Maria Fernanda, de 10 anos.
“Eu considero a feira uma coisa muito legal, tipo uma festa de São João! Tem brinquedos, apresentações, comidas típicas e gente aprende educação financeira de um jeito divertido. Aprende a vender, dar troco, contar dinheiro.”
Na barraca de Maria Fernanda, o sucesso foi o pé de lata. “Estava vendendo a R$ 7, mas acabou rapidinho. Também vendi temperos, porta-lápis, sapinho, minhoca… um monte de coisa. Ainda não sei quanto vendi no total, mas o produto que mais saiu foi mesmo o pé de lata!”
Questionada sobre o significado do empreendedorismo, Maria foi direta: “Pra mim, é vender, saber dar troco, aprender educação financeira. É tudo isso!”
*Com informações de Ednalva Valença