Organização que Transforma: Especialista destaca como ambientes organizados impactam saúde física e mental
Organizar não é apenas uma tarefa doméstica, mas um investimento pessoal que pode transformar a vida de forma prática, emocional e até mesmo espiritual
No quadro Home News, a designer e personal organizer Suzi Fiusa compartilhou dicas valiosas sobre como a organização dos ambientes pode impactar diretamente na saúde física e mental das pessoas. Com anos de experiência e apaixonada pelo tema, Suzi mostrou que a organização vai muito além da estética — é uma ferramenta poderosa de bem-estar e qualidade de vida.
“Eu agradeço a oportunidade de falar de um assunto que sou muito apaixonada: a organização. Costumo ouvir desde criança que quando o nosso quarto está bagunçado, geralmente a nossa vida também está. A desordem pode trazer muitos malefícios, afetando o nosso intelecto e produtividade”, contou.
Ela explicou que é importante entender a diferença entre um ambiente “arrumado” e “organizado”.
“Arrumado é quando as coisas estão guardadas, aparentemente em ordem, mas sem lógica. Já a organização segue um padrão. Costumo dizer que cada coisa precisa ter sua ‘casinha’”, esclareceu Suzi.
Durante a conversa, Suzi enumerou os principais benefícios que seus clientes percebem ao adotar uma rotina organizada:
- Controle do tempo – “Você não perde tempo procurando por objetos.”
- Aumento da produtividade – “Ambientes organizados reduzem distrações.”
- Economia financeira – “Geladeira e dispensa organizadas evitam desperdícios.”
- Bem-estar emocional – “A casa transmite leveza e tranquilidade.”
- Desapego consciente – “Aquilo que não te serve mais, pode ajudar outra pessoa.”
- Melhoria na convivência – “Já cheguei a salvar casamentos só com organização!”
Ela reforçou ainda que organização não é dom, é hábito. “As pessoas acham que precisam nascer organizadas, mas é um treinamento. Comece com uma gaveta. Se tentar o guarda-roupa todo de uma vez, você desanima no meio do caminho.”
Além dos objetos físicos, Suzi alertou para os vilões digitais e o acúmulo de papéis.
“Tudo que você não vê, você não usa. Isso vale para roupas, potes sem tampa e também para documentos. Muitos podem ser escaneados e salvos na nuvem, diminuindo o acúmulo.”
Sobre os papéis esquecidos, ela sugeriu uma dica prática: “Tenha uma caixa para colocar tudo que chega da rua. Depois, separe e guarde no local certo ou descarte o que não serve mais.”
Outro ponto abordado foi o acúmulo de utensílios de cozinha, roupas fora de estação e objetos sentimentais.
“Fizemos a mudança de uma senhora viúva que guardava pratos do casamento há 50 anos. Ela nunca tinha usado. Eu disse: ‘A senhora é o seu momento especial.’ E ela se emocionou. Precisamos parar de guardar as coisas esperando um momento que talvez nunca venha.”
Suzi respondeu à dúvida de uma ouvinte sobre o uso de caixas organizadoras: “São ótimas, principalmente se permitem visualização interna. No inverno, por exemplo, tiro biquínis e saídas de praia da gaveta e guardo em caixas, e desço as roupas de frio. Isso é planejamento, é inteligência na organização.”
Suzi encerrou com uma dica prática: “Organize-se com carinho. Veja o que te traz felicidade e desapegue do que não traz. E, homens, colaborem! Às vezes, vocês desarrumam tudo o que a mulher organizou com tanto cuidado — começa pela toalha molhada”, brincou, arrancando risos no estúdio.