Oftalmologista esclarece causas, prevenção e tratamento do pterígio
O grupo mais propenso a desenvolver o problema é composto por pessoas que vivem em regiões muito quentes ou com alta exposição ao sol e poeira.
Comum em regiões de clima quente, o pterígio — popularmente conhecido como “carne no olho” — é uma alteração na membrana do olho que, apesar de parecer inofensiva no início, pode causar desconforto, irritação e, em casos mais avançados, até comprometer a visão. Para esclarecer dúvidas sobre o assunto, o programa Jornal do Meio Dia conversou com a oftalmologista Paloma Almeida, que trouxe informações essenciais sobre a condição.
“O pterígio é um crescimento anormal de uma membrana que reveste o olho. Esse crescimento costuma começar pequeno, mas pode invadir a córnea, que é como se fosse a primeira lente do olho, levando a baixa de visão”, explica a médica. Ela destaca que, além de impactar a saúde ocular, a alteração pode causar mudanças de grau e até afetar a estética dos olhos.
Segundo a especialista, o grupo mais propenso a desenvolver o problema é composto por pessoas que vivem em regiões muito quentes ou com alta exposição ao sol e poeira.
“Pessoas que vivem em regiões equatoriais, por exemplo, têm maior risco. O principal fator é a exposição solar sem proteção”, alerta.
Os sinais iniciais mais comuns são vermelhidão recorrente e elevação na parte branca do olho.
“Essa vermelhidão geralmente não melhora com o descanso e pode levar ao uso incorreto de colírios. Por isso, o exame oftalmológico é fundamental para diferenciar o pterígio de outras condições, como a pinguécula, e avaliar se é algo benigno ou preocupante”, completa.
De acordo com a Dra. Paloma Almeida, a melhor forma de prevenção é evitar a exposição excessiva aos raios ultravioletas, utilizando óculos de sol com proteção UV e lubrificantes oculares.
“A principal forma de prevenção é exatamente através da proteção”, reforça.
Nos casos mais leves, o tratamento envolve o uso de colírios lubrificantes e anti-inflamatórios. Já nos quadros mais avançados ou que não respondem aos cuidados iniciais, a cirurgia pode ser necessária.
“Se as medidas conservadoras não forem eficazes, só o tratamento cirúrgico resolve”, afirma.
A médica também faz um alerta sobre os riscos de negligenciar o pterígio. “Às vezes achamos que é só uma carne no olho, mas pode esconder uma úlcera ou até uma neoplasia maligna. O acompanhamento com oftalmologista é essencial”, pontua.
Entre os principais mitos, a Dra. Paloma destaca a ideia de que o pterígio seria apenas uma questão estética.
“Não é só estética. Ele realmente causa desconforto, coceira, e pode afetar a visão. É preciso levar a sério e manter o acompanhamento oftalmológico, mesmo que ainda não haja perda visual”, alerta.
A doutora Paloma Almeida atende na Clinos e convida os ouvintes a realizarem consultas periódicas. “É um prazer receber quem desejar tirar dúvidas ou iniciar um acompanhamento. O telefone de contato é (75) 3603-3900”, conclui.