Saúde

Oftalmologista explica como o diagnóstico precoce pode evitar a cegueira por glaucoma

No Brasil, estima-se que cerca de 2,5 milhões de pessoas tenham glaucoma, embora o número real possa ser muito maior, devido ao grande número de casos não diagnosticados.

25/04/2025 09h48
Oftalmologista explica como o diagnóstico precoce pode evitar a cegueira por glaucoma

O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo, e sua prevalência, especialmente na Bahia, exige atenção constante da população. A Dra. Eloah Torres, oftalmologista especialista em catarata e glaucoma detalhou a doença, seus sintomas, fatores de risco e formas de tratamento.

Dra. Eloah descreveu o glaucoma como uma doença que afeta o nervo óptico, localizado no fundo do olho.

“O glaucoma normalmente é associado à pressão intraocular elevada, o que vai gerando um dano progressivo no nervo óptico”, afirmou a especialista. A doença é silenciosa, ou seja, o paciente não percebe que está doente nas fases iniciais, pois o nervo óptico não causa dor e a perda de visão começa pela periferia, afetando primeiramente a visão periférica antes de atingir a visão central.

Dra. Eloah destacou que o glaucoma pode ser extremamente silencioso. “Na maioria dos casos, os pacientes não apresentam sintomas até que a doença já esteja em um estágio muito avançado”, disse. Os sintomas mais comuns surgem nos estágios finais, como baixa visão, perda significativa da visão periférica, dor ocular e até vermelhidão. Ela alertou sobre a importância do acompanhamento oftalmológico regular, pois a detecção precoce pode evitar que o paciente chegue ao estágio irreversível da doença.

O diagnóstico do glaucoma é realizado durante uma consulta oftalmológica detalhada, que inclui a medição da pressão intraocular, avaliação do fundo de olho e exames complementares como o campo visual e a tomografia do nervo óptico. Dra. Eloah explicou que, para confirmar o diagnóstico, são necessários exames específicos, como a tonometria e a avaliação do nervo óptico.

O glaucoma é uma doença multifatorial, e a Dra. Eloah explicou que alguns fatores aumentam o risco de desenvolvimento da condição, como pressão ocular elevada, histórico familiar, raça negra e miopia.

“A idade avançada também é um fator de risco, com maior incidência entre pessoas acima de 40 anos”, disse a especialista.

O tratamento do glaucoma envolve o controle da pressão intraocular para evitar danos maiores ao nervo óptico.

“Temos diversas opções, desde o uso de colírios até procedimentos mais avançados, como laser e cirurgias”, afirmou Dra. Eloah. A especialista mencionou que os tratamentos são eficazes para controlar a progressão da doença, mas não são regenerativos. “O dano causado ao nervo óptico não pode ser revertido, mas podemos evitar que a doença avance e cause cegueira”, destacou.

Além dos tratamentos convencionais, Dra. Eloah falou sobre as inovações na área, como o uso de lasers para reduzir a necessidade de colírios e as cirurgias minimamente invasivas, que permitem uma recuperação mais rápida.

A Dra. Eloah também ressaltou que, apesar da existência de tratamentos eficazes, a chave para evitar o glaucoma grave é o diagnóstico precoce.

“Infelizmente, muitos pacientes só descobrem que têm glaucoma quando a doença já está em um estágio avançado, e isso dificulta o tratamento”, disse. Ela enfatizou que hábitos de vida saudáveis podem ajudar a reduzir os riscos, mas o acompanhamento médico é essencial para o controle da doença.

No Brasil, estima-se que cerca de 2,5 milhões de pessoas tenham glaucoma, embora o número real possa ser muito maior, devido ao grande número de casos não diagnosticados.

“Em todo o mundo, cerca de 80 milhões de pessoas têm glaucoma, e a falta de diagnóstico precoce é uma das maiores preocupações”, alertou Dra. Eloah.

A Dra. Eloah também falou sobre as últimas inovações no tratamento do glaucoma, destacando os avanços em técnicas de laser e cirurgias minimamente invasivas, que oferecem aos pacientes mais opções e uma recuperação mais rápida.

“Essas novas tecnologias estão ajudando a melhorar o controle da pressão intraocular e a qualidade de vida dos pacientes”, concluiu a oftalmologista.

Para finalizar, Dra. Eloah enfatizou a importância de consultas oftalmológicas regulares, especialmente para aqueles com histórico familiar de glaucoma.

“Realizar o acompanhamento oftalmológico anual pode salvar a visão e garantir que a doença seja tratada precocemente”, afirmou.

Para quem deseja agendar uma consulta, Dra. Eloah atende na Clinos Hospital de Olhos, na rua Barão do Rio Branco, 1569, no Shopping Boulevard e também nas cidades de Conceição do Coité e Serrinha.

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