Sindicato afirma que Micareta já impulsiona rede hoteleira de Feira
Com ocupação chegando a 80%, hotéis de Feira se preparam para a Micareta
Com a proximidade da Micareta de Feira de Santana, que começa oficialmente no dia 01 de maio, a expectativa cresce entre os empresários do setor de turismo e serviços. Marcelo Alexandrino, vice-presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, falou sobre o impacto da festa para a economia local, especialmente no setor de hospedagem e alimentação.
De acordo com Alexandrino, a rede hoteleira da cidade já apresenta uma movimentação considerável.
“Nós temos alguns hotéis com um nível de ocupação bastante razoável. Acabei de receber a informação de que alguns já estão com taxa de ocupação entre 78% e 80%, enquanto outros registram algo entre 40% e 80%”, afirmou.
Ele explica que os primeiros dias da Micareta costumam ser os mais movimentados, enquanto os últimos, principalmente o domingo, têm uma queda natural no fluxo.
“Nosso público é, majoritariamente, formado por pessoas que vêm trabalhar na festa – equipes de segurança, policiamento, montagem de camarotes e estrutura”, detalha.
Ainda assim, Marcelo ressalta a importância do evento para a hotelaria e os bares da cidade.
“A Micareta é um período importante para a rede de hotéis, bares e restaurantes aqui de Feira. Os dias da festa são interessantes em termos de movimento”, pontua. No entanto, ele também lembra que o mês de abril, com muitos feriados, acaba sendo desafiador para o setor comercial como um todo. “A gente sente que alguns negócios são postergados. As pessoas acabam deixando para viajar em dias mais tranquilos, o que pode afetar a ocupação fora do período da festa.”
Apesar do bom desempenho do setor hoteleiro, os bares e restaurantes enfrentam dificuldades nos dias da folia.
“Infelizmente, os bares e restaurantes sofrem um pouco durante a Micareta. A qualidade dos shows é alta, os artistas estão no circuito e de graça para o público. O folião pipoca assiste a tudo sem pagar nada. Isso, somado à concorrência com ambulantes, acaba afastando o público dos estabelecimentos formais”, lamenta.
Segundo Marcelo, a saída é buscar estratégias que garantam um equilíbrio entre os públicos. “A ideia é continuar trabalhando para atrair mais gente, manter o turismo de negócios no pré e pós-Micareta e fazer com que a Micareta seja feliz para todos os setores da economia.”