Política

Em meio ao tarifaço de Trump, Lula tem encontro com o presidente da China, Xi Jinping

A informação foi confirmada pelo assessor especial da Presidência da República, o embaixador Celso Amorim

10/04/2025 16h25
Em meio ao tarifaço de Trump, Lula tem encontro com o presidente da China, Xi Jinping
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula (PT) está com viagem marcada para a China. O encontro com o líder Xi Jinping acontecerá no próximo dia 13. O governo foi questionado se os dois líderes irão abordar as tarifas americanas sobre produtos chineses.

Assessor especial da Presidência da República, embaixador Celso Amorim, afirmou que a decisão sobre a viagem aconteceu “antes dessas ações do presidente Donald Trump” e que a agenda da cúpula bilateral ainda não foi estabelecida.

Nas palavras de Amorim, “é natural esse assunto” na reunião, até porque ele “tem hoje um lugar alto na pauta, obviamente”. “É o maior parceiro comercial do Brasil. O Brasil é o maior na América Latina para eles. Dois chefes de Estado, dois países importantes, membros dos Brics, parceiros também em propostas de paz para um dos maiores conflitos atuais. É natural”, disse.

Pequim se prepara para a visita de Estado. O encontro vai tratar da agenda bilateral – sem se vincular necessariamente ao Fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe).

Essa ideia estava prevista inicialmente, mas cuja data de realização ainda é dúvida. “O importante é que o presidente Lula vai à China e fará a bilateral nessa data, na expectativa de que também possa haver o encontro com a Celac”, disse Amorim. “Mas se por acaso o encontro da Celac for mudado, a nossa ida se mantém”, completou.

Na China, Lula terá outros encontros com autoridades chinesas. “Há realmente projetos importantes, bilaterais”, afirmou. Questionado sobre anúncios a serem feitos na visita, Amorim respondeu que é “muito provável que haja” algo concreto sobre a aguardada sinergia entre os programas de infraestrutura dos dois países – o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a Iniciativa Cinturão e Rota, conhecida no Brasil como Nova Rota da Seda.

Sobre um possível acordo comercial China-Mercosul, como defendido por Lula no início de seu atual mandato, Amorim disse que por enquanto o Brasil está trabalhando mais na frente bilateral. “Haverá a possibilidade de um acordo amplo, de características que não sejam exatamente de livre comércio, me parece”, acrescentou. “Porque há resistências em vários lugares. Mas isso não impede que haja acordos importantes”, explicou.

Antes de embarcar para Pequim, Lula estará em Moscou para o Dia da Vitória, a celebração dos 80 anos da capitulação alemã na Grande Guerra Patriótica, como é chamada na Rússia a Segunda Guerra Mundial. “No caso da Rússia, claro que haverá alguma coisa econômica conversada, mas eu diria que é mais uma distinção”, diz o assessor especial. “Houve um convite oficial do [presidente Vladimir] Putin. O Brasil é um país dos Brics. É um país que tem uma proposta junto com a China” para a paz na Guerra da Ucrânia.

*Com informações Bahia.ba

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