30 anos de CNA: um exemplo de determinação e visão empreendedora
O painel celebrou não apenas os 30 anos do CNA, mas também o exemplo de coragem, resiliência e visão empreendedora de Aleluia Batista e Rose Amorim.
O Encontro de Mulheres Empreendedoras de Feira de Santana celebrou um case de sucesso no setor educacional com o painel especial sobre os 30 anos do CNA, uma das mais reconhecidas escolas de idiomas do Brasil. O evento contou com a presença das empresárias Aleluia Batista e Rose Amorim, que compartilharam sua trajetória de empreendedorismo e superação na gestão da franquia CNA na cidade.
Aleluia Batista, natural de São Gonçalo dos Campos, teve uma carreira diversa antes de entrar no setor educacional. Ela já trabalhou como professora em escolas primárias, atuou em uma fábrica de charutos cubanos e também em uma clínica de estética. Sua relação com a educação começou quando trabalhou como secretária de uma escola de idiomas. Aos 37 anos, decidiu comprar a franquia CNA, que administra com sucesso há três décadas.
Rose Amorim, por sua vez, iniciou sua carreira como professora de inglês em escolas privadas, migrando posteriormente para escolas de idiomas, onde também exerceu a função de coordenadora pedagógica. Atualmente, além da gestão do CNA, também atua na direção pedagógica de uma escola de programação e robótica, além de prestar consultoria em intercâmbio estudantil.
Durante o painel, Aleluia Batista relembrou como tudo começou: “Saímos da escola onde trabalhávamos e ficamos para receber a rescisão. Enquanto a Rose foi dar aulas, eu passei um ano em casa. Mas os pais dos alunos da antiga escola começaram a nos incentivar a abrir uma própria instituição. Eles diziam: ‘vocês têm know-how, por que não fazem isso?’.”
A ideia levou as duas empresárias ao Sebrae, onde conheceram diferentes franquias. “Fomos a Salvador, analisamos três franquias e nos encantamos com o CNA. A metodologia diferenciada, que ensina a ouvir, falar, ler e escrever de maneira natural, nos convenceu de que esse era o caminho certo”, destacou Aleluia.
A aquisição da franquia não foi fácil. “Não tínhamos dinheiro para pagar à vista, mas entramos em contato com a sede em São Paulo e conseguimos parcelar em vários meses. Foi um ato de coragem e determinação. Tivemos anos difíceis, mas persistimos e conseguimos consolidar o CNA em Feira de Santana”, afirmou Aleluia.
Rose Amorim também compartilhou os desafios iniciais: “Há 30 anos, o inglês era visto principalmente como um diferencial para passar no vestibular, e não uma necessidade essencial para a vida profissional e pessoal, como é hoje. Os primeiros anos foram difíceis. Alugamos um prédio na Visconde do Rio Branco, mas precisávamos de mais visibilidade. Mudamos para a Boticário Moncovo e crescemos bastante, mas ainda assim enfrentamos desafios. Tínhamos anos bons e ruins, mas nunca desistimos.”
Ao longo das três décadas, o CNA expandiu sua presença. “Hoje temos três unidades: uma em Feira de Santana, uma em Irará e outra em Amélia Rodrigues. Já chegamos a ter duas unidades em Feira, mas a pandemia nos fez reestruturar e consolidar a atual”, explicou Aleluia.
O painel celebrou não apenas os 30 anos do CNA, mas também o exemplo de coragem, resiliência e visão empreendedora de Aleluia Batista e Rose Amorim.
“Empreender é um desafio, mas quando acreditamos no nosso potencial e seguimos firmes, conseguimos construir algo duradouro. Quantos de nós já passamos pelo CNA? Eu já passei, meus filhos também. Isso faz toda a diferença”, concluiu Jorge Biancchi, idealizador do evento.